segunda-feira, 23 de julho de 2007

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Um papel que almejava a calmaria de poesia. Mas aquela dona sabia, sabia que tardaria. Pois juntos não eram poesia. Eram traços. Traços desgovernados. Uns mais fortes, coloridos ou simples que os outros. Mas eram absurdamente traços, sem periodicidade e, por vezes, significado. Diziam o que queriam, mesmo que com silêncio. E queriam muito, sempre. Somente se uniam quando o quesito era liberdade, se uniam no querer e não no fazer. Eram mestres da própria situação e da alheia, o que nem sempre causava contentamento mas sempre euforia. Euforia negra, conflituosa.

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